1 - Curso: Cinema
Como Ferramenta Pedagógica
2 - Carga
horária: 100 h/a
3 - Dia/
horário: Quarta-feira – 19h as 22:30h
4 - Justificativa:
Em Cinema & Educação,
Duarte (2002) afirma que todo indivíduo, ao entrar em contato com o cinema,
desenvolve o que Pierre Bourdieu chamou de “competência para ver”, ou seja,
analisar, compreender e admirar qualquer história transmitida em linguagem
cinematográfica. Para ela, “[...] analisar filmes ajuda professores e
estudantes a compreender (apreciar e, sobretudo respeitar) a forma como
diferentes povos educam/formam as gerações mais novas” (p. 106). Ela destaca
também a importância do cinema como forma de socialização dos indivíduos em
instâncias culturais diferentes para a produção de saberes e identidades para
definir a forma como o indivíduo vê o mundo. Trilhando o mesmo caminho, em Como usar o cinema na sala de aula,
Napolitano (2003) debate a relação do cinema com a escola, enfatizando a
linguagem e a história do cinema e prescrevendo alguns procedimentos e
estratégias para o uso do cinema na sala de aula. O autor questiona como o
cinema, mesmo tendo sido pensado como linguagem educativa, “[...] não tem sido
utilizado com a frequência e o enfoque desejáveis [...]” Afirma ainda que, em
grande parte das experiências relatadas, os professores “[...] se prendem ao
conteúdo das histórias, às “fábulas” em si, e não discute os outros aspectos
que compõem a experiência do cinema” (2003, p. 7).
A arte é uma mecanismo poderoso de reconstrução de
conceitos, mitos, imagens, comportamentos e identidades porque ultrapassa o
cotidiano ao mesmo tempo em que refrata seus significados em um processo em
que, ao se observar a narrativa do outro, constituído em personagem, promove um
distanciamento necessário à análise objetiva dos elementos que fundam a nossa
contemporânea realidade. Os alunos chegam às escolas já imersos em um ambiente
multimídia, cada vez mais possível a menores poderes aquisitivos, e, portanto,
afeitos a uma linguagem que envolve várias dimensões e sentidos. Trazer o
cinema produtivamente para a sala de aula, que vai da experiência própria de se
assistir ao filme à construção de um espírito e uma atitude reflexivos, capazes
de colocar a aprendizagem em um campo de pura interdisciplinaridade, de
diálogos de vários conhecimentos, do exercício do processo de abstração, do
processo de alcançar referências comuns em diferentes áreas do conhecimento.
Sendo o filme uma
forma elástica, extremamente maleável e vigorosa, que não oferece resistência à
expressão de novas idéias. É um meio de comunicação singelo, popular, que seduz
as grandes massas [...] (HAUSER), pode facilmente
constituir-se em elemento pedagógico, em construção de metodologias, em início
de um processo em que a escola e suas práticas consigam avançar e se instalar
efetivamente nos recursos que a tecnologia oferece ao exercício do ensinar e
aprender. Ao mesmo tempo, o cinema e sua arte da imagem pode trazer motivação
aos alunos, deixá-los mais dinâmicos.
5 – Metodologia:
- Divisão em quatro grandes
ciclos narrativos;
- Projeção de filmes;
- Discussão de temas;
- Discussão de textos propostos;
6 –
Avaliação:
·
Listografia Filmica à 5,0 Pontos
·
Projeto Final à
5,0 Pontos
7 - Cronograma:
Data
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Tema
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06/02
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Aula de abertura
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20/02
|
História e evolução do cinema
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27/02
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Ciclo dos contos de fadas
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06/03
|
Ciclo dos contos de fadas
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13/03
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Ciclo dos contos de fadas
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20/03
|
Ciclo dos contos de fadas
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27/03
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Ciclo dos rituais de transição
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03/04
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Ciclo dos rituais de transição
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10/04
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Ciclo dos rituais de transição
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17/04
|
Ciclo dos rituais de transição
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24/04
|
Ciclo da violência de solitude
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08/05
|
Ciclo da violência de solitude
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15/05
|
Ciclo da violência de solitude
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22/05
|
Ciclo da violência de solitude
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29/05
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Ciclo das mitologias modernas
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05/06
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Ciclo das mitologias modernas
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12/06
|
Ciclo das mitologias modernas
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19/06
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Ciclo das mitologias modernas
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26/06
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Ciclo das mitologias modernas
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03/07
|
Aula de encerramento / Entrega de Avaliações
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8 –
Bibliografia
AUMONT,
Jacques. A ESTÉTICA DO FILME. Coleção oficio de arte e forma: Campinas, 1995.
CAMPBELL,
Joseph. O HEROI DE MIL FACES. Pensamento: São Paulo, 2007
CAMPBELL, Joseph e MOYERS, Bill. O PODER DO MITO. Editora Palas
Athena, 1990
CARRIEÈRE, Jean-claude. A LINGUAGEM SECRETA DO CINEMA. Nova Fronteira. RJ, 2006
CARRIEÈRE, Jean-claude. A LINGUAGEM SECRETA DO CINEMA. Nova Fronteira. RJ, 2006
COMPARATO, Doc.
DA CRIAÇÃO AO ROTEIRO. Nova Fronteira. São Paulo, 2009
ECO, Umberto.
Apocalípticos e Integrados. Perspectiva. São Paulo, 1979
VOGLER, Christopher.
A JORNADA DO ESCRITOR. Nova Fronteira. RJ, 2006
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