domingo, 15 de setembro de 2013

Teoria PIXAR

Olá Pessoal ! Encontrei uma teoria da PIXAR, O ligamento com todos os seus filmes. Achei interessante postar pois, pode contribuir para o aprendizado no Cinema como ferramenta pedagógica. É interessante para que visualizamos melhor ao assistirmos filmes de um mesmo produtor. 
Até breve. 
Claudia



Video

Texto 1

Texto 2 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

NELL

Oi, gente encontrei o primeiro filme do ciclo da violência e de solitude "Nell" completo no Youtube....





segue o link: http://www.youtube.com/watch?v=-eFENSwUaME

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Boa Noite, Pessoal!

Fizemos este Curta Metragem (Na alegria e na tristeza) como Trabalho no Curso de Produção Publicitária na Faculdade Unicesp. Nosso foco foi o apelo emocional. Espero que gostem!!!
Curta Metragem - Na alegria e na tristeza.
http://www.youtube.com/watch?v=oW4FgWU4nXM 


quinta-feira, 9 de maio de 2013

Curta + Morte + Lynn + Nietzsche

Mesmo que tenhamos finalizado o ciclo de transição, venho aqui apresentar um curta-metragem que amo de paixão: "A Senhora e A Morte" narra a vida solitária de uma velhinha que vive num rancho recordando de seu grande amor, seu marido ao som de Vera Lynn - "We'll meet again" (http://www.youtube.com/watch?v=cHcunREYzNY). A primeira vez que o vi, morria de rir, porque automaticamente recordava de outro filme que usa a mesma música com a mesma intérprete, porem em contextos diferentes (Dr. Fantásticohttp://www.youtube.com/watch?v=L2VN0TpIOPI). 

Tão lindo, tão triste o curta, gente. Ao anoitecer ela recebe uma visita e ao invés de triste está, alegra-se, pois irá de encontro com seu amor. Magicamente não sei como, porque ela mora em um lugar visivelmente isolado, ela aparece em uma maca, ela agora está no hospital entre a vida e a morte. Porem tem algo que ninguém sabe além dela, o caminho que ela decidiu seguir e é nesse contexto que entra Nietzsche. Segundo o filósofo alemão, "há um direito segundo o qual podemos tirar a vida de um homem, mas nenhum direito que nos permita lhe tirar a morte: isso é pura crueldade". E nesse embate cruel em busca de seu direito ela luta corajosamente para alcançar aquilo que mais deseja.

Assistam, vocês irão amar!!!



Curta aqui: http://www.youtube.com/watch?v=8DUWbol4Mks

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Ajami

Eis o trailler do  filme Israelense que mencionei em sala ontem.

Trailler legendado em português não encontrei.

http://www.youtube.com/watch?v=8y6ExnSrggc

Lista de Verbos


LISTA DE VERBOS  DE ACORDO COM A TAXONOMIA DE BENJAMIN BLOOM

APLICAÇÃO .aplicar .demonstrar .dramatizar .empregar .ilustrar .interpretar .inventariar .operar .praticar .tratar .usar

COMPREENSÃO .descrever .discutir .explicar .expressar .identificar .localizar .reafirmar .revisar .traduzir .transcrever

CONHECIMENTO .apontar .definir .inscrever .marcar .nomear .recordar .registrar .relatar .repartir .sublinhar

ANÁLISE .analisar .calcular .categorizar .comparar .contrastar .criticar .debater .diferenciar .distinguir .examinar .experimentar .investigar .provar

SÍNTESE .compor .conjugar .construir .coordenar .criar .dirigir .erigir .esquematizar .formular .organizar .planejar .propor .reunir

AVALIAÇÃO .avaliar .escolher .estimar .julgar .medir .selecionar .taxar .validar .valorizar

LISTA DE VERBOS DE NORMAN GROUNLUND VERBOS ILUSTRATIVOS PARA FORMULAÇÃO DE OBJETIVOS INSTRUCIONAIS GERAIS .abranger .analisar .aplicar .apreciar .avaliar .compreender .computar .conhecer .criar .desempenhar .demonstrar .escrever .falar .interpretar .localizar .ouvir .pensar .reconhecer .traduzir .usar

VERBOS ILUSTRATIVOS PARA FORMULAÇÃO DE RESULTADOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM1 COMPORTAMENTOS CRIATIVOS COMPORTAMENTOS COMPLEXOS, LÓGICOS E DE JULGAMENTO COMPORTAMENTOS DISCRIMINATIVOS GERAIS .alterar .designar .generalizar .mudar .parafrasear .perguntar .predizer .questionar .reagrupar .rearrumar .recombinar .recontar .reconstruir .reelaborar .reescrever .reestruturar .refrasear .renomear .reorganizar .revisar .simplificar .sintetizar .sistematizar .variar .analisar .avaliar .concluir .combinar .comparar .contrastar .criticar .decidir .deduzir .estimar .estruturar .explicar .formular .generalizar .induzir .inferir .planejar .substituir .sustentar .coletar .colocar .combinar .definir .descrever .detectar .diferenciar .discriminar .distinguir .escolher .identificar .indicar .isolar .listar .omitir .ordenar .selecionar .separar

COMPORTAMENTOS SOCIAIS COMPORTAMENTOS DE LINGUAGEM COMPORTAMENTOS DE ESTUDOS .aceitar .agradecer .ajudar .ajudar .argumentar .comunicar .concordar .contribuir .conversar .convidar .cooperar .cumprimentar .dançar .desculpar-se .discordar .discutir .elogiar .encontrar .interagir .participar .perdoar .permitir .permitir .reagir .responder .reunir .rir .saldar .sorrir .voluntariar-se .abreviar .acentuar .alfabetizar .articular .assinalar .chamar .colocar hífens .dizer .duplicar .editar .escrever .escrever letras maiúsculas .estabelecer .falar .ler .murmurar .narrar .pontuar .pronunciar .recitar .separar sílabas .soletrar .sumariar .traduzir .verbalizar .acompanhar .anotar .categorizar .circular .citar .compilar .copiar .descobrir .destacar em itens .fazer marcação .localizar .nomear .pesquisar .planejar .preparar .prestar atenção .projetar .registrar .representar graficamente .reproduzir .rotular .selecionar .sublinhar .tomar notas

COMPs. FÍSICOS COMPs. ARTÍSTICOS COMPs. DRAMÁTICOS COMPs. MATEMÁTICOS .agarrar .alcançar .andar .arquear .arremessar .atirar .balançar .carregar .cobrir .correr .dar cambalhotas .empurrar .encarar .escalar .esculpir .ficar de pé .flutuar .golpear .inclinar .lançar .levantar-se .marchar .nadar .patinar .pegar .pular .puxar .rebater .saltar .saltar .sapatear .alisar .arear .armar .batucar .colocar .colorir .combinar .compor .configurar .construir .cortar .decorar .desenhar .edificar .embrulhar .enrolar .entalhar .entornar .esboçar .esculpir .esfregar .esfregar .esmagar .forjar .girar .guiar .harmonizar .ilustrar .inflamar-se .lustrar .manobrar .misturar .modelar .ornamentar .perfurar .pintar .pisar .pontilhar .pregar .pressionar .serrar .traçar .vibrar .abraçar .atuar .começar .comover .deixar .desempenhar .dirigir .emitir .exibir .expressar .fazer pantomina .mostrar .mostrar sofrimento .penetrar .prosseguir .reagir .realizar .sair .sentar .virar .adicionar .calcular .calcular área .comparar .computar .contar .derivar .dividir .estimar .extrapolar .extrair .fazer gráficos .grupar .integrar .intercalar .medir .multiplicar .numerar .planejar .provar .reduzir .solucionar .subtrair .tabular .verificar

COMPORTAMENTOS CIENTÍFICOS LABORATORIAIS .aplicar .aumentar .conduzir .conectar .controlar .converter .criar .cultivar .demonstrar .diminuir .disseccionar .encompridar .escalar .especificar .estabelecer .limitar .manipular .manter .observar .operar .pesar .plantar .preparar .recolocar .restabelecer .registrar .regular .remover .transferir

COMPORTAMENTOS RELACIONADOS A APARÊNCIA GERAL, HIGIENE E SEGURANÇA .abotoar .amarrar .atar .beber .calçar .clarificar .cobrir .comer .desabotoar .desatar .descobrir .eliminar .encher .esperar .esvaziar .fechar .ir .lavar .limpar .parar .pentear .provar .ter energia .vestir VARIEDADES abastecer abrir acabar adquirir afiar apontar apresentar aproximar arrancar atender datilografar bater bater de leve caçar chicotear chorar colocar começar comprar completar conduzir considerar convir a corrigir Cozer dar deixar derramar derrubar descobrir desdobrar designar deslizar desmontar determinar dormir empacotar emprestar encurtar enganchar entregar errar esmagar estacar estender expandir fabricar fechar firmar franzir gritar guiar incluir informar intimidar lançar levantar levantar levar mandar manifestar moer montar mostrar oferecer pagar pendurar pôr pregar produzir propor prover rasgar raspar relatar reparar repartir repetir retirar Salvar segurar sentir servir sugerir Suprir sustentar tecer tentar tocar Torcer trabalhar trazer usar vigiar Voltar votar Correspondências dos verbos descritos nos objetivos específicos identificados nos resumos de trabalhos científicos.

 Níveis Verbos

1 COMPREENSÃO- descrever, delinear, detectar, examinar, identificar

2 APLICAÇÃO- caracterizar, determinar, diagnosticar, quantificar, testar, treinar, traçar.

3 ANÁLISE- Analisar, classificar, comparar, confrontar

4 SÍNTESE- criar, propor

5 AVALIAÇÃO- Avaliar, medir, validar

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Aula (10/04)

Queridos Alunos e Queridas Alunas,

Informamos que hoje (10/04) NÃO haverá aula.

Nos vemos próxima semana, normalmente.

Fernanda e Francisco

segunda-feira, 8 de abril de 2013

(des)conto de fada contemporâneo, é o que acho!



Uma manhã ordinária em uma vida incomodada 

Acordo às seis da manhã, cara fechada e de mau humor. Tomo café. Vou para a parada. Dez, quinze, vinte, vinte e cinco minutos passam-se e nada do baú passar. Novamente, atrasar-me-ei. Rapidamente, fico estressada, porem encontro conforto em “Variações do Prazer” de Rubem Alves. Antes mesmo de iniciar minha adorável viagem na leitura "rubemana", o baú aproxima-se, até que fim!!! No entanto, nem um mosquitinho sequer conseguiria entrar naquele ônibus e, além do mais, a fila só para entrar está enorme. Abaixo a cabeça, sinto o meu sangue ferver, mas logo uma voz conformada em minha mente diz:

- Estressar pra quê?

E ela continua:

- Vivemos em um mundo no qual você só tem valor se fazer dinheiro, você só consegue viver dentro desse sistema trabalhando, fazendo e consumindo dinheiro.

Porem, outra voz entra no diálogo, e retruca da seguinte maneira:

- O sistema é um ciclo vicioso que depende de nós para ter êxito, então, por que não nos rebelarmos?

- Ué, indaga a voz conformada, há possibilidade de escape?  

- Mas é claro que sim. Sempre houve, sempre há e sempre haverá depende de nós; diz uma voz revolucionária dentro de minha mente.

Ela continua seu discurso:

- Mas são poucas as pessoas que têm a coragem de desligar-se, pois sair do sistema tem seu preço. No entanto, igualmente tem sua liberdade. Por exemplo, sabe quem foi o Supertramp?

- Não, não sei; diz a conformada.

- Pois, então, foi um jovem audacioso e valente que decidiu viver e desfrutar a vida junto a Natureza tem até um filme sobre a sua experiência “Na Natureza Selvagem”.

- E ai ele alcançou êxito nessa vida que escolheu?; perguntou a conformada.

- Consegui sim, desfrutou, experimentou cada momento único que viveu. No final de sua caminha, morreu junto à natureza selvagem do Alasca; disse a revolucionária com os olhos cheios de lágrima.

- Está vendo, por isso, que fico na minha, prefiro deixar como está a me aventurar por ai e morrer por nada; a conformada, nesse exato momento, se achou a própria Margaret Thatcher.

- É por isso, que nada muda para você! Você quer ser reconhecida pela profissão que exerce, quer receber o mesmo salário que seus queridos companheiros homens de serviço. Quer exercer sua vida sexual livremente. Quer ser independente, mas não consegue mover sequer um dedinho para fora do sistema que lhe reprime, acorda, mulher! A revolucionária ficou indignada, desceu literalmente uma Rosa Luxemburgo nela. Adorei!

A voz conformada aos poucos se distancia e desfaz-se na minha mente. A revolucionária sorriu, e me diz:

- Fique tranquila, ela vai ficar bem. Um dia ela aprenderá!  

E também me deixa só, levando consigo o livro “Alice no país das maravilhas”. Enquanto a vejo desaparecer, libero um sorriso discreto porem muito libertador. Logo, que tais diálogos desfizeram-se em minha mente, uma senhora me cutuca e diz:

- Anda logo menina, não tenho o dia todo.

Então, vamos à luta! A primeira do dia: conseguir entrar no ônibus...


Uma (des)produção Jéssyca Lorena.

ps: Qualquer semelhança não é mero conto de fada!

domingo, 7 de abril de 2013

Taare Zameen Par

Taare Zameen Par foi o segundo filme do ciclo de transição.


Compartilho com vocês o link do filme legendado e completíssimo: http://www.youtube.com/watch?v=fiftCor2cXM

Ps: Um esclarecimento o nome do vídeo não é o nome do filme, mas não se preocupe o filme está lá pronto para ser desfrutado. Vamos chorar novamente!


BOM FILME A TODXS!


sexta-feira, 5 de abril de 2013

A sequência de princesas que romperam barreiras (E as que não romperam nada)

Olá pessoas! Vi essa imagem no meu facebook e achei bem interessante, pois certa ocasião discutíamos sobre a importância de Valente quanto à quebra de estereótipos "machistas" da Disney. Acredito que o artista que ilustrou essa obra tenha colocado uma sequência das princesas que romperam essas barreiras. Nota-se que as que ficaram embaixo são as mais clássicas, ou seja, as que correspondem ao padrão "Amélia" de ser.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Subverter é com ele mesmo

Em seu trabalho Rodolfo Loaiza, artista mexicano, encanta e aterroriza de qualquer forma seu mundo artístico é interessantíssimo. Em "Disasterland" Loaiza reconstrói alguns personagens da Disney e os coloca em situações digamos assim nada sonha pelo Mr. Disney. Como finalizamos o ciclo de contos de fada nada mais contemporâneo que os trabalhos do mexicano bom passeio pela "Disasterland"...

Mulan Kill Bill por Rodolfo Loaiza.

Quer conhecer mais o trabalho dele vejam aqui:

- https://www.facebook.com/ARTRodolfoLoaiza.O?fref=ts

- http://www.laluzdejesus.com/shows/2012/Loaiza/Loaiza2012.htm

 

quarta-feira, 27 de março de 2013

Felizes para sempre?

Com suas fotografias baseadas em contos de fadas, acrescidas de uma pitada de sarcasmo e um bocado de criatividade, a fotógrafa canadense Dina Goldstein surpreende com realismo cínico apresentando a dura realidade feminina através da fotografia.



Fonte:
http://lounge.obviousmag.org/palavreando/2012/08/felizes-para-sempre.html

Começa com "Era uma vez" e termina em "E foram felizes para sempre"

Tudo começa com "Era uma vez" e termina em "E foram felizes para sempre". O desenrolar da história perde-se num momento, numa ocasião. O interruptor da luz impulsiona a narrativa e, depois de para sempre, há o mergulho na escuridão. O fim da história. Para sempre é muito tempo. Que promessa é esta? Que certeza? Como pode um final feliz terminar com um ponto final? Onde estão as vírgulas, as interrogações das incertezas e as reticências do silêncio? Conheça o disparo do fotógrafo Thomas Czarnecki sobre os contos de fada.




Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2012/06/e_nao_viveram_felizes_para_sempre.html#ixzz2OkiQKSvJ



quinta-feira, 21 de março de 2013

Compartilho o maravilhoso vídeo no Youtube que fala sobre a televisão.

Título: Fábrica de verdades.

http://www.youtube.com/watch?v=R0Os6Bs3HnU

quinta-feira, 7 de março de 2013

Contos de Fadas



Aula de 06/Março


"o romance e o cinema oferecem-nos o que é invisível nas ciências humanas; estas ocultam ou dissolvem os caracteres existenciais, subjetivos, afetivos do ser humano, que vive suas paixões, seus amores, seus ódios, seus envolvimentos, seus delírios, suas felicidades, suas infelicidades, com boa e má sorte, enganos, traições, imprevistos, destino, fatalidade (Morin)"

E O CONTO DAS FADAS QUE FUGIRAM?

Profa. Dra. Fernanda Ribeiro Queiroz de Oliveira

Tudo em que o homem toca se contamina de simbolização. Em diferentes matizes, em diferentes perspectivas, em diferentes telas, a realidade sempre será uma construção dinâmica dos lugares de onde se parte o olhar. Um objeto nunca será apenas ele mesmo, carregará em si a história e os efeitos de sua produção, as mãos que o tocaram, o espaço que ocupa e o tempo que denuncia.
O que pensar do que já é simbólico por natureza, o que pensar das narrativas que já nascem na intenção de redimensionar e dimensionar o mito de estar no mundo? A arte também é filha da pergunta, também nasceu da necessidade de se entender e dominar o funcionamento do universo da natureza e da condição humana. Como funciona? Como resgatar o que acontece agora, acontecerá e que, antes de mim, aconteceu? Como dominar esses eventos? Como compreender o sentido de estar nesse aqui e agora sendo quem sou? São as linhas de uma busca material pelo imaterial, da construção de algo concreto para se atingir o que não está lá, a linguagem buscando o que a linguagem não alcança.
Em uma sociedade voltada para coisas, máquinas e objetos como a nossa, é fácil se construir o mito de que o símbolo recuou em sua função e importância, que não há espaço para explicações "fantasiosas" do mundo e seus eventos, que o fazer científico quebrou o encantamento das origens. Essa própria postura é parte de um processo de sedimentação de novas narrativas, novos mitos, novas abordagens da realidade. Os emblemas de nossa época, de que o homem será capaz de ser finalmente o criador e vencedor da morte, a guerra por se impor definitivamente aos fenômenos naturais, a invasão de máquinas em nossos corpos de carne, a androidização da matéria, a negação do que não se toca e não se comprova empiricamente reforçam a construção da base desse móbile em que oscila o estudo da passagem humana sobre a terra.
Símbolo é, portanto, a construção na materialidade de uma linguagem que consegue ultrapassar a própria estrutura que o veicula e inserir-se em uma comunicação coletiva que não esgota as possibilidades de significado, é uma significação movente. Sendo assim, podem-se resgatar os contos de fada como movimentação simbólica de representar o mundo não com a literalidade, mas com as potências interpretativas presentes nos fatos. Em sua origem, esses contos maravilhosos, sombrios, projetavam relações humanas condensadas em figuras de monstros, seres fantásticos, capazes de interferir no destino mediante a magia, a determinação, algum poder que se desejava desesperadamente do lado supostamente de fora da narrativa. Eram rituais de linguagem que nasciam de um processo histórico, social e ideológico que testemunhavam o comportamento e visão de um povo, que os explicavam a si mesmos.
Toda boa narrativa, só permanecerá no tempo se os seus abismos simbólicos estiverem sendo continuamente preenchidos por novos tempos, novos espaços, novas referências. E os contos de fada permanecem em nosso imaginário, em nossos comportamentos, no compartilhar coletivo da experiência. As versões mais conhecidas, as higienizadas para ensinarem moral e bons costumes, são as mais difundidas. Retiraram-se as figuras de deusas malditas, de mulheres sanguinárias, passionais e se deitaram por ali as princesas virginais e à espera da figura masculina redentora. Contaminaram-se essas histórias ocidentais com o amor ágape, o amor nascido do sacrifício entranhado no imaginário cristão, ao mesmo tempo em que se tentava reduzir esse símbolo a mero signo (Paul Ricouer),  o elemento cristalizado estéril de múltiplas interpretações, direcionado a uma única possibilidade significativa. E o final feliz ou a ida para o céu permanecem profundamente entranhados em nossa cultura, em especial nos desejos de felicidade previamente estabelecidos para as mulheres.
Todavia, nossa sociedade é a sociedade do desengano. O momento de simbolização de nossa época está profundamente marcado pela descrença na bondade humana, pelo descrédito da ingenuidade ao mesmo tempo em que, nesse recuar da onda simbólica, tenta-se, desesperadamente, construir novas simbolizações. O homem, sem a multiplicidade simbólica, é doentiamente insatisfeito, tomado pela ausência de elementos caros ao ser humano na leitura de si. Daí, nascem os livros de autoajuda, as narrativas da magia como as de Harry Potter, a retomada pelo cinema dos livros de Tolkien, na tentativa afoita de mitificar novamente o mundo pelo imaterial dos significados. E os contos de fada estão retomando suas origens em que não eram direcionados a finais felizes. E as mulheres estão retomando seus espaços nessas narrativas não mais como pesos mortos dançantes, mas ativas na construção de seus destinos, responsáveis por suas escolhas. Os novos contos de fada estão retirando a mulher da infância e trazendo-a para a vida adulta.
Em nosso ciclo do cinema e os contos de fadas, resolvemos promover um choque ao colocarmos VICKY CRISTINA BARCELONA como um de seus emblemas. A grande pergunta é onde estaria o amor, a completude platônica de se alcançar no outro o si mesmo? Onde o ideal, a magia de superar o sacrifício pelo encontro mágico, cômodo de não ter mais que procurar o amor? Não, esse filme está no ciclo de conversas errado!
Não! Ele está no lugar certinho. Os heróis ainda rodopiam em um vértice de busca pelo outro que beira a paranoia. Vicky, a princesa certinha de nossa época, focada em metas, em almejar a felicidade que não oscila, é segura e baseada em arrazoamentos, vê emergir em si a paixão condenada pelo sistema capitalista das relações dos afetos. Cristina, nunca satisfeita, percebe que a normalidade está na repetição e não na fuga dos clichês. Como não é possível estar em constante surpresa e espanto, ela nunca estaciona em um relacionamento ou talento. Maria Elena, o terceiro elemento que faltava para resgatar a Hécate tripartida, é pura passionalidade, instável e inconsequente. Na soma das três, encontramos a princesa moderna, em que os elementos masculinos são pouco mais que pretextos que desencadeiam as reflexões a respeito de si mesmas e de seus próprios anseios. E nenhuma delas sabe quais são. Assim como a mulher contemporânea que está ainda a oscilar na definição de papéis, dentre tantos que estão sendo colocados, no universo íntimo e coletivo. Essa trindade propõe a pergunta novamente, retira as barragens dos movimentos simbólicos e excluem a narrativa pré-programada de suas vidas. E, por vezes, parece até mais fácil aquela época em que não se precisava escolher nem ser responsável pelas escolhas realizadas, que seria bom retomar aquele infância de não ter que ser provedora nem sujeito responsável por si mesmo. Vicky quer, desesperadamente, mesmo sem admitir plenamente, que Juan Antonio faça a escolha por ela. E ele não faz. E quando esboça algo nesse sentido, uma situação extrema, povoada por berros e tiros, atiram cores fortes à verdade de que nenhuma escolha é pacífica e a solução final. Ela foge porque percebe que a sorte de conflitos mudaria naquele relacionamento diferente, e ela prefere os que já possuía. E tem um príncipe baixinho, meio meninote, que diz que a ama enquanto se preocupa com a casa que possui quadra de tênis.
O príncipe diminuiu seu tamanho, está confuso, meio imaturo, perdido na ilusão de é ele o macho sedutor. Cristina, aquela que parecia de fácil sedução, era a mais difícil. Enquanto se entregava com naturalidade a novos jogos sexuais, era a mais fiel à idealização, era a mais fiel ao sonho de encontrar a perfeição, o sujeito perfeito, a vocação perfeita que lhe preenchesse aquele ócio nas relações de capitais de trabalho. E esse príncipe nunca chegara. Daí ela só saber "o que não quer". Porque o não já está posto, mas o sim nunca se alcança plenamente. E o que ela não quer é tudo o que existe, que já está dado, já está pronto.
Juan Antonio é um medíocre, um incapaz de ser encantado por muito tempo. O título do filme não lhe prestigia, mas o local em que os conflitos acontecem - Barcelona, cidade, palavra feminina. Espaço que ativa os humores das heroínas que tentam trocar as cadeiras, Maria Elena quer a estabilidade, Vicky quer o espanto, Cristina quer o amor de pulsos cortados (valioso para Woody Allen). Três mulheres oscilando dentro do seio rendado e provocante da mulher de nossa época.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A invenção de Hugo Cabret - Trilha sonora

Para quem ficou curioso sobre a trilha sonora, segue a lista de musicas e um link fazendo uma análise sobre a trilha.



  1. The Thief4:20
  2. The Chase2:50
  3. The Clocks4:28
  4. Snowfall1:50
  5. Hugo's Father3:24
  6. Ashes2:33
  7. The Station Inspector1:10
  8. Bookstore1:51
  9. The Movies1:29
10. The Message4:36
11. The Armoire2:32
12. Purpose2:04
13. The Plan2:48
14. Trains2:50
15. Papa Georges Made Movies1:52
16. The Invention of Dreams6:29
17. A Ghost In the Station6:00
18. A Train Arrives In the Station3:25
19. The Magician2:33
20. Coeur Volant (feat. Zaz)4:19
21. Winding It Up4:11





http://blog.hipertacular.com/2012/03/28/a-invencao-de-hugo-cabret/

George Méliès


Marie-Georges-Jean-Méliès (8 de dezembro de 1861 — 21 de janeiro de 1938) foi um ilusionista francês de sucesso e um dos precursores docinema, que usava inventivos efeitos fotográficos para criar mundos fantásticos.
Méliès, além de ser considerado o "pai dos efeitos especiais", fez mais de 500 filmes e construiu o primeiro estúdio cinematográfico da Europa. Também foi o primeiro cineasta a usar desenhos de produção e storyboards para projetar suas cenas. Era proprietário do Théatre Robert-Houdin em Paris, que havia pertencido ao famoso ilusionista francês Jean-Eugène Robert-Houdin


O livro A Invenção de Hugo Cabret, de Brian Selznick, e sua adaptação cinematográfica, Hugo (2011), são inspirados na história da vida de Méliès.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Georges_M%C3%A9li%C3%A8s

Plano de Curso



1 - Curso: Cinema Como Ferramenta Pedagógica

2 - Carga horária: 100 h/a

3 - Dia/ horário: Quarta-feira – 19h as 22:30h

4 - Justificativa:
Em Cinema & Educação, Duarte (2002) afirma que todo indivíduo, ao entrar em contato com o cinema, desenvolve o que Pierre Bourdieu chamou de “competência para ver”, ou seja, analisar, compreender e admirar qualquer história transmitida em linguagem cinematográfica. Para ela, “[...] analisar filmes ajuda professores e estudantes a compreender (apreciar e, sobretudo respeitar) a forma como diferentes povos educam/formam as gerações mais novas” (p. 106). Ela destaca também a importância do cinema como forma de socialização dos indivíduos em instâncias culturais diferentes para a produção de saberes e identidades para definir a forma como o indivíduo vê o mundo. Trilhando o mesmo caminho, em Como usar o cinema na sala de aula, Napolitano (2003) debate a relação do cinema com a escola, enfatizando a linguagem e a história do cinema e prescrevendo alguns procedimentos e estratégias para o uso do cinema na sala de aula. O autor questiona como o cinema, mesmo tendo sido pensado como linguagem educativa, “[...] não tem sido utilizado com a frequência e o enfoque desejáveis [...]” Afirma ainda que, em grande parte das experiências relatadas, os professores “[...] se prendem ao conteúdo das histórias, às “fábulas” em si, e não discute os outros aspectos que compõem a experiência do cinema” (2003, p. 7).
A arte é uma mecanismo poderoso de reconstrução de conceitos, mitos, imagens, comportamentos e identidades porque ultrapassa o cotidiano ao mesmo tempo em que refrata seus significados em um processo em que, ao se observar a narrativa do outro, constituído em personagem, promove um distanciamento necessário à análise objetiva dos elementos que fundam a nossa contemporânea realidade. Os alunos chegam às escolas já imersos em um ambiente multimídia, cada vez mais possível a menores poderes aquisitivos, e, portanto, afeitos a uma linguagem que envolve várias dimensões e sentidos. Trazer o cinema produtivamente para a sala de aula, que vai da experiência própria de se assistir ao filme à construção de um espírito e uma atitude reflexivos, capazes de colocar a aprendizagem em um campo de pura interdisciplinaridade, de diálogos de vários conhecimentos, do exercício do processo de abstração, do processo de alcançar referências comuns em diferentes áreas do conhecimento.
Sendo o filme uma forma elástica, extremamente maleável e vigorosa, que não oferece resistência à expressão de novas idéias. É um meio de comunicação singelo, popular, que seduz as grandes massas [...] (HAUSER), pode facilmente constituir-se em elemento pedagógico, em construção de metodologias, em início de um processo em que a escola e suas práticas consigam avançar e se instalar efetivamente nos recursos que a tecnologia oferece ao exercício do ensinar e aprender. Ao mesmo tempo, o cinema e sua arte da imagem pode trazer motivação aos alunos, deixá-los mais dinâmicos.
5 – Metodologia:
                - Divisão em quatro grandes ciclos narrativos;
                - Projeção de filmes;
                - Discussão de temas;
                - Discussão de textos propostos;

6 – Avaliação:
·         Listografia Filmica à 5,0 Pontos
·         Projeto Final à 5,0 Pontos

7 - Cronograma:
Data
Tema
06/02
Aula de abertura
20/02
História e evolução do cinema
27/02
Ciclo dos contos de fadas
06/03
Ciclo dos contos de fadas
13/03
Ciclo dos contos de fadas
20/03
Ciclo dos contos de fadas
27/03
Ciclo dos rituais de transição
03/04
Ciclo dos rituais de transição
10/04
Ciclo dos rituais de transição
17/04
Ciclo dos rituais de transição
24/04
Ciclo da violência de solitude
08/05
Ciclo da violência de solitude
15/05
Ciclo da violência de solitude
22/05
Ciclo da violência de solitude
29/05
Ciclo das mitologias modernas
05/06
Ciclo das mitologias modernas
12/06
Ciclo das mitologias modernas
19/06
Ciclo das mitologias modernas
26/06
Ciclo das mitologias modernas
03/07
Aula de encerramento / Entrega de Avaliações

8 – Bibliografia

AUMONT, Jacques. A ESTÉTICA DO FILME. Coleção oficio de arte e forma: Campinas, 1995.
CAMPBELL, Joseph. O HEROI DE MIL FACES. Pensamento: São Paulo, 2007
CAMPBELL, Joseph e MOYERS, Bill. O PODER DO MITO. Editora Palas Athena, 1990
CARRIEÈRE, Jean-claude. A LINGUAGEM SECRETA DO CINEMA. Nova Fronteira. RJ, 2006
COMPARATO, Doc. DA CRIAÇÃO AO ROTEIRO. Nova Fronteira. São Paulo, 2009
ECO, Umberto. Apocalípticos e Integrados. Perspectiva. São Paulo, 1979
VOGLER, Christopher. A JORNADA DO ESCRITOR. Nova Fronteira. RJ, 2006