quarta-feira, 24 de outubro de 2012


A ética na sociedade brasileira atual.

Sempre procuramos uma resposta significativa aos nossos atos, com o intuito de fazermos parte de uma sociedade totalmente igualitária em direitos cívicos. Esta questão é que realmente deve ser debatida no meio acadêmico e exposta à sociedade de uma forma esclarecedora, e que realmente venha a mudar esses conceitos egocêntricos que (nos) deparamos em nosso cotidiano.
Por um lado, se vivemos em grupos, temos aqui um objetivo comum, porem, voltado para o interesse desse grupo. A estrutura da sociedade, por relatos históricos, tem essa característica de privilegio dos interesses dos grupos.
No Brasil dos internautas e consumidores assíduos, das mais variadas tecnologias, da compulsão ao consumo, as diferenças entre as classes sociais exprimem esta realidade. Um cidadão, que passa horas e horas em busca de um atendimento médico-hospitalar,não o encontrando, recorre aos serviços farmacêuticos, onde perpetua ali, total despojo pela integridade da saúde do povo. Cabe aqui nesse exemplo, mencionar que não são dados a farmacêuticos, os direitos legais de medicar sem prescrição de um especialista. Onde entra a ética nesse contexto? No ato de privar mais uma vez o direito do cidadão de uma busca por saúde? No interesse do farmacêutico em lucrar com a situação degradante da saúde brasileira? Se por um lado a lei proíbe o farmacêutico de vender medicamentos, por outro a polução está sempre em busca de sua condição humana de existência.
No texto, O Desafio Ético (Rio de Janeiro: Garamond,2000), é mencionada como característica  da sociedade, a questão da exacerbação  do narcisismo, descrito por Freud , em que a libido de uma criança é direcionada ao próprio ego e ao próprio corpo.
Em sua análise, o texto determina que cada indivíduo é livre para seguir os seus desejos como quiser e puder. O grande questionamento esta relacionado então ao fato de que se um indivíduo permanece ligado a questão narcísica, não compreendendo que existem regras na sociedade que regulam todos os nossos relacionamentos, cairá no mundo das transgressões, sempre em busca da satisfação de seus propósitos.
A sociedade faz com que a maioria das pessoas, aprenda que as regulamentações sociais, busquem um convívio harmônico e direcionem tudo a um interesse comum. Uma minoria continua atraída pelas transgressões inconscientes do desenvolvimento natural de cada um, não levando em consideração o limite entre a razão e a moral. A violência e a corrupção tornam-se ai, um elemento primordial d degradação social. A vida humana nas classes minoritárias passa a ser estatística da violência moral que o poder e a riqueza, sem o menor contexto ético, corrompem todos os dias.  Desse modo, as transgressões sociais é que motivam um serio debate sobre a ética no momento atual.
O momento vivido atualmente corresponde às transformações tecnológicas que deviam nos afastar dos problemas do passado, mas ao contrario do que nós imaginamos deixa a todos que acreditam em uma sociedade justa, de mãos atadas. A corrupção, a má distribuição de renda, dentre outros fatores, influenciam em termos uma sociedade considerada sem princípios éticos.
Nas palavras de Cristovam Buarque, (O Desfio Ético. Rio de Janeiro: Garamound 2000ntre), chegaremos a um ponto em que notaremos uma total divisão da humanidade, ate mesmo em termos biológicos. De um lado os que terão total qualidade de vida, e de outro, simplesmente a busca de sobrevivência desprovida de todos os benefícios da sua condição humana de existência.
Entretanto tudo nos leva uma reflexão subjetiva de nossos atos. Até que ponto podemos considerar o nosso papel na sociedade como ético e moralDe fato,a lei nos manda praticar todas as virtudes e nos proíbe de praticar qualquer vicio,e o que tende a produzir a virtude como um todo são aqueles atos prescritos pela lei visando à educação para o bem comum..( A Ética A Nicômaco. Aristóteles : Martin Claret pg 107). Devemos ser justos ou injustos para que tenhamos agido com ética?
Baseados neste conceito e tomando, por exemplo, a demolição de uma casa por parte do governo, onde se vê ali a única esperança de sobrevivência com o mínimo de dignidade. Fica o dilema entre o operário incumbido da demolição, e os valores morais que o levam a tomar a decisão de demolir ou não o lar de um cidadão supostamente honesto e digno de ter o mínimo de conforto possível. Se por um lado ele resolve não demolir, para os parâmetros da lei ele está sendo injusto, mas, para os seus princípios morais e éticos ele está sendo justo. Sempre que temos que tomar decisões importantes, deveríamos analisar todos os aspectos que levem a critérios justos na conduta moral e ética da sociedade.
                                                                                                                                             
 By: Ademar gomes.

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